O novo presidente-executivo da Avon terá de descobrir como melhorar as operações da empresa de cosméticos da Rússia até o Brasil, analisar se as vendas diretas funcionam nos Estados Unidos e ser capaz de estimular suas milhares de revendedoras.
Após anos de perdas nos resultados, reestruturações e milhões de dólares gastos em uma investigação de pagamento de propina no exterior, aquele que ocupar a presidência receberá uma longa lista de pendências para recuperar a confiança do investidor.
"O novo presidente-executivo terá que ser operacionalmente focado e fisicamente disciplinado. Eu não acho que as vendas diretas são uma experiência necessária, mas seria bom ter conhecimento em mercados emergentes e grandes mudanças", disse o analista Ali Dibadj, da Sanford C. Bernstein.
Na terça-feira (13), a Avon informou que irá procurar um novo presidente-executivo, sendo que Andrea Jung passará a ocupar a presidência do conselho da empresa .
As ações da Avon chegaram a subir 11 por cento e fecharam em alta de 5 por cento diante da expectativa de que a companhia passe por uma renovação com o novo presidente-executivo, após vários anos de ganhos frustrantes e reestruturações.
"Queremos acreditar que o conselho estimulará qualquer que seja o novo presidente-executivo a pensar o modelo de negócio da Avon em uma folha de papel em branco", disse a analista Lauren Lieberman, do Barclays.
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